Viúva Negra: Vale a pena assistir?
- Vinícius R. Jacob
- 10 de jul. de 2021
- 3 min de leitura
Escrito por Vinícius R. Jacob e Lucca Fabrini
A primeira sessão deste post não contém spoiler sobre o filme.
O tão aguardado filme da nossa amada assassina Natasha Romanoff, interpretada por Scarlett Johansson, finalmente, estreou nas telonas e no serviço de streaming Disney+. Após 2 anos, sem nenhum outro filme lançado, a MARVEL voltou com esta nova obra, porém, é bom mesmo?

Nas primeiras cenas tive uma sensação muito boa de poder, finalmente, ver a MARVEL nas telonas de novo, sensação essa que foi rapidamente cortada pelo próprio filme.
A decisão de fazer a obra se passar logo depois de "Guerra Civil (2016)", fez com que o roteiro se tornasse insignificante, pois já sabemos o destino da protagonista dentro do MCU.
As cenas de ação e luta tem coreografias muito boas, apesar disso, os cortes de câmera não favorecem tais cenas. Elas, com o Taskmaster (Treinador), foram bem feitas e podemos ver claramente sua habilidade chave, os famosos "Reflexos Fotográficos", em ação. Porém, é lamentável o que fizeram com o vilão, modificando sua essência e transformado-o em um mero apelo emocional para a trama.
Sendo asssim, o roteiro tenta ser sério e atingir temas mais pessoais como família, no entanto, ao mesmo tempo ele possui cenas cômicas, tornando-o engraçado.
A atuação é muito bem feita, com um elenco de peso, como Scarlett Johansson, David Harbour, Rachel, Weisz Florence Pugh e outros. Outrora, os diálogos são curtos, diretos e explicam bem a trama, o que ajuda em sua fluidez.
Vale mencionar ainda a personagem Yelena (interpretada por Florence Pugh), que rouba o protagonismo muitas vezes com o seu jeito cômico e inesquecível, tendo um desenvolvimento muito bom durante o filme inteiro. O roteiro chega a ser interessante e possui um movimento fluido, porém adiciona pouquíssimas coisas ao universo compartilhado, sendo a sua cena pós-créditos o fator que mais influencia em todo o filme.
Por outro lado, o filme pecou em tentar fazer a despedida da personagem Natasha Romanoff, pois não há emoção para com a personagem, visto que já tivemos a tristeza de vê-la ir embora em "Vingadores Ultimato (2019)". Com toda certeza, este filme deveria ter sido lançado antes mesmo da verdadeira despedida da Viúva Negra.

Esta sessão contém spoilers.
Como dito anteriormente, a maior falha do filme foi o roteiro contando uma história de 2016 que não possui valor nenhum por contar a história de uma personagem já falecida.
Agora, a segunda maior falha deste filme foi, sem dúvidas, o vilão Taskmaster. O filme transforma um mercenário dos quadrinhos na filha do criminoso Dreykov, simplesmente para servir de apelo emocional com Natasha, que pensava ter matado a garota quando criança.
A famosa habilidade do Taskmaster foi enfraquecida e alterada para um programa de computador, ficando muito diferente dos quadrinhos, onde o personagem possui em seu organismo tal poder.
Além disso, infelizmente, todo o visual do Taskmaster foi construído para ele se parecer com um homem, e assim, quando chegar no final do filme ficarmos surpresos por ele ser, na verdade, uma mulher. Mas, isto não funciona, porque não faz sentido em uma organização cheia de mulheres assassinas, uma das mais poderosas e habilidosas ter seu traje modificado, fazendo parecer-se com um corpo de um homem.
Aliás, a dualidade que veria entre a Viúva Negra e o Taskmaster nunca aconteceu, pois o filme foca na "família" de Natasha e na sua relação com Yelena.
Já o Guardião Vermelho possui uma personalidade bem rasa, devido ao fato de ele só querer ser um símbolo famoso como seu adversário "Capitão América".
E o tão falado "Quarto Vermelho" é mal explorado, mesmo sendo um dos fatores mais importantes ao filme e a história de Natasha, foi deixado de lado no final da trama. Ainda por cima, ele é destruído e tem seu líder morto ao final do filme, o que dificulta uma possível futura aparição de tal organização.
O filme também apresenta um MacGuffin na forma de frascos que contém um "antídoto" para o controle mental de Dreykov, que move a trama inteira ao redor disto.
Finalizando, o filme não é o melhor, porém não chega a ser o pior. Definitivamente: não vale os 70 reais que cobram no Premier Access do Disney+.
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